Filme: Melancolia (2011)
O filme Melancolia (Melancholia, de Lars von Trier) se divide em duas partes para contar uma história um tanto quanto distópica, e que se analisada com um olhar frio vai apenas te deixar pensando "WTF?".
A primeira parte do filme é uma hora inteira mostrando a festa de casamento de Justine, personagem interpretada magnificamente por Kirsten Dunst, a qual se mostra um tanto quanto relutante em participar da própria festa, pois à todo momento pessoas da família e convidados do trabalho fazem comentários desagradáveis.
Durante toda a parte 1 do filme você fica se perguntando "MAS ESSA FESTA NÃO ACABA MAIS?", até que finalmente acaba de forma chocante e começa a parte 2. Aí é que o merdelhê não para mais.
Na segunda parte do filme, alguns meses se passaram desde a festa de casamento e nota-se logo de cara que a personagem Justine passou esse tempo tratando de ficar bem louca. É aí que entra a segunda personagem mais marcante do filme, Claire, interpretada pela Charlotte Gainsbourg, que no caso é a irmã de Justine.
Devido ao estado deplorável da irmã, Claire a convida para sua casa a fim de cuidar e tentar restabelecer o vínculo entre elas. Até aí, nada demais. O negócio é que dentro do ambiente do filme, o mundo está prestes a ser aniquilado devido a um planeta bem maior que a Terra, que é chamado pelos personagens de Melancholia, e está entrando em rota de colisão com o nosso planetinha azul. Barra né?
O marido de Claire, Michael (Kiefer Sutherland, o Jack Bauer), é um cientista/físico/astrônomo que assegura a todo momento que Melancholia irá apenas passar próximo à Terra sem colidir com ela, num evento chamado por eles de flyby. Mas claro que como em todo filme do Lars von Trier uma hora as coisas saem de controle e aí não posso mais falar porque vai ser spoiler demais.
Apesar de ter um visual deslumbrante, paisagens e locações no interior da Europa, castelos, vestidos chiquérrimos, cavalos e pá, Melancholia acabou se revelando para mim um filme bem pesado. É de passar uma semana ruminando o que diabos foi tudo aquilo. A minha conclusão é de que é um filme sobre depressão e sobre estar tão fragilizado emocionalmente por tudo e todos de uma forma que ficar esperando o mundo explodir em uma colisão planetária parece a forma mais saudável de escapar da realidade. Mas essa, é só a minha opinião.
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